quinta-feira, 16 de junho de 2016

A Importância da Planificação das Atividades Letivas








Planificar é um processo pré-ativo que está orientado para a ação, em que se reflete a prática antes de se passar à concretização, onde, com base num programa curricular emanado pela tutela, nomeadamente pelo Ministério da Educação, para cada disciplina, se traçam as estratégias, recursos e atividades, de acordo com as características do nível de ensino, da realidade de cada escola e das especificidades dos alunos. Ao longo de um ano letivo, este documento – a planificação – está sujeito a reajustes, de acordo com o desenvolvimento das aprendizagens. Este é um processo que exige do professor uma reflexão sobre a sua prática, o que pretende com ela, quais os objetivos a atingir, consciente que a sua ação será determinante na aprendizagem dos seus alunos. 


A planificação é um importante colaborador da prática pedagógica, contribuindo para o sucesso do processo ensino-aprendizagem, uma vez que permite ao professor fazer uma previsão do que poderá ser a sua aula, definindo o conjunto de objetivos, conteúdos, experiências de aprendizagem, assim como a avaliação dessas experiências. 

Tipos de Planificação

  Ao iniciar um ano letivo, é importante que o professor tenha uma perspetiva abrangente sobre o processo ensino-aprendizagem a desenvolver ao longo do ano, tanto no que diz respeito especificamente à sua disciplina como, de uma forma geral, à ação das várias disciplinas consideradas como um todo na ação educativa.
 Para isso, antes do início do anoletivo, a primeira preocupação do docente deve consistir em delimitar globalmente a ação a ser empreendida ao longo de todo o ano, ou seja, dever-se-á elaborar a planificação a longo prazo. De seguida, é imprescindível elaborar planos a médio prazo correspondentes a cada unidade de aprendizagem consideradas no plano a longo prazo. Evidenciando a ação que se desenrola no contexto de cada grupo de alunos, é necessário elaborar planos a curto prazo, como os planos de aula, de pequena amplitude, que correspondem às práticas quotidianas em que se vão concretizando os diferentes conteúdos dos planos a médio prazo.

        É de ressaltar que o facto de se produzir um plano é tão importante como estar-se apto de o colocar de lado, pois uma aula deve suceder naturalmente, recorrendo-se se for preciso à “pedagogia da situação”, sendo a aula de carácter dinâmico e mutável, onde as interrelações humanas, a diversidade de interesses e características dos alunos não anseia ser uma reprodução estática do que está planificado.

Esta situação não invalida o fio condutor que presente numa planificação. Significa, sim, que não pode ser rígido, mas sim flexível permitindo à prática do professor introduzir novos elementos, alterar o caminho, se as necessidades e/ou interesses do momento assim o exigirem.


Porquê planificar e para Quem ?

a) Para o aluno pois, assim:
 - Sabe o que está a fazer, porquê e para quê;
- Adquire hábitos de organização (apercebe-se da organização do trabalho do professor);
- Intervém ativamente na realização do trabalho, reflete, debate, apresenta soluções, reformula, com o professor ou individualmente, o trabalho planeado;
- Tem consciência do seu próprio progresso;
- Autoavalia-se comparando o que realiza e o que estava programado realizar.

b) Para o Professor porque: 
- Organiza o trabalho verdadeiramente em função do papel educativo e formativo da disciplina;
- Reflete sobre os conteúdos e métodos de trabalho e materiais mais adequados à aprendizagem;
- Controla e faz os ajustos de acordo com as necessidades e interesses dos alunos;
- Divide o tempo letivo de acordo com as metas de aprendizagem que pretende atingir;
- Organiza as suas atividades não letivas de acordo com a função dos critérios de eficácia pedagógica;
- Participa ativamente na gestão democrática da escola.

c) Para a Escola porque:
 - Torna possível um trabalho consciente de todos os docentes;
- Permite uma distribuição mais eficaz do tempo, do espaço e das tarefas;
- Permite a coordenação interdisciplinar;
- Torna as reuniões em momentos de coordenação útil de trabalho e não com perda de tempo;
- Possibilita uma gestão democrática, pois todos participam, porque conhecem os problemas existentes e empenham-se na sua resolução.

d) Para os Pais porque:
- Dá-lhes a possibilidade de saber o que os seus filhos aprendem, porque e para quê;
- Podem acompanhar o trabalho dos filhos;
- Apercebem-se do empenho dos professores em realizar um trabalho de qualidade;
- Participam com mais consciência nas atividades que a escola organiza para os encarregados de educação;
- Empenham-se em contribuir para melhorar a relação família escola.

e) Para a toda a Comunidade Educativa e para a Sociedade, em geral, porque:
- A escola, com os meios de que dispõe, responde o mais eficazmente possível às necessidades educativas da comunidade e contribui para:
- A aquisição de saber e instrumentos de aprendizagem que sirvam de apetrechamento de base para a inserção na vida prática e para estudos subsequentes;
- Desenvolvimento da autonomia e sociabilidade;
- Sensibilização a valores subjacentes a uma melhoria de qualidade de vida.

25 comentários:

  1. Foi muito claro e sintetico, gostei imenso!

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  2. muito obrigado, foi muito proveitoso.

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  3. acredito que serei um excelente planificador

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  4. grato pela informação, foi sintetico.

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  5. Muito obrigado gostei muito e foi sintético.

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  6. gostei mas deve acrescentar as referências bibliofágicas

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